A vereadora Professora Josete (PT) acompanhou os educadores que fizeram no último dia 15 de fevereiro uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Curitiba. Os trabalhadores estavam em greve desde o dia 12 e tentaram, pela manhã, falar com o prefeito Beto Richa (PSDB), que participou da sessão de abertura dos trabalhos legislativos. No final da sessão, Richa deixou o prédio sem conversar com o sindicato que representa a categoria.
Ainda pela manhã, Josete, juntamente com o vereador Pedro Paulo (PT) e uma comissão de educadores, participou de uma reunião com o vereador Manassés Oliveira (PPS). O encontro teve como objetivo criar um novo espaço para a negociação. A iniciativa acabou surtindo efeito. No final da tarde, a Secretaria Municipal de Recursos Humanos soltou nota garantindo que não serão descontados, dos salários de fevereiro dos educadores, os dias da paralisação.
Para Josete, a categoria mostrou força. “Acredito que, a partir dessa mobilização, a PMC pôde perceber que os educadores estão organizados”, avalia. Apesar do prefeito ainda não ter recebido os representantes dos educadores, Josete conta com a construção de um diálogo entre executivo municipal e trabalhadores.
“O prefeito alega ter uma postura democrática. Nós contamos que ele a utilize para abrir um canal de comunicação com a categoria. A negociação será retomada no próximo dia 5 de março, vamos torcer para que ela avance”, diz a vereadora. Após a conversa com a Prefeitura, a categoria se reúne em assembléia, na noite do dia 5, para definir como será encaminhada a luta.
Pauta de reivindicações
A greve dos educadores dos CMEIs e da FAS iniciou na última segunda-feira, dia 12, e foi suspensa hoje, dia 15. A categoria reivindica a equiparação salarial com os professores, da rede municipal, que têm uma formação equivalente (curso de formação em magistério, nível médio).
Além disso, eles também lutam pela isonomia de 15% no crescimento vertical, isto é, terem este percentual acrescido nos salários quando subirem de nível. Outro ponto da pauta é a obtenção do direito de escolha sobre onde atuar, se na educação infantil ou social. Por fim, a categoria também quer ter o direito de escolher em que banco deverá ser depositado os salários.