O Brasil criou mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. Foram gerados 1.095.503 de postos, o que representa aumento de 18,6% sobre igual período de 2006 e é recorde histórico para os primeiros seis meses.
Os dados são Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Ministério do Trabalho.
O recorde semestral anterior era de 2004, quando o estoque foi ampliado em 1,034 milhão de postos. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro também registraram o maior saldo de empregos celetistas no período. A pesquisa é feita desde 1992.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, os números evidenciam a influência econômica do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado pelo presidente Lula no início do ano.
A agropecuária e a construção civil tiveram seu melhor desempenho no primeiro semestre em toda a série histórica. Enquanto no campo houve um crescimento 238.437 vagas (expansão de 16,55%), a construção apresentou um acréscimo de 97.571 postos, com elevação de 7,22% do estoque de empregos do setor.
O setor de serviços (327.563 postos, com crescimento de 2,95%) e a indústria de transformação (299.509 vagas e expansão de 4,62%) tiveram o segundo melhor saldo já obtido pelos dois segmentos no primeiro semestre.
Os Estados que mais se destacaram em números absolutos no acumulado dos seis primeiros meses do ano foram São Paulo (486.175 postos), Minas Gerais (186.571), Paraná (95.215) e Rio de Janeiro (63.828). Também tiveram resultados recordes no semestre Rondônia, Maranhão, Santa Catarina e Goiás.
Números de junho
Em junho, foram gerados 181.667 empregos com carteira assinada, número 16,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (155.455 postos) e terceiro maior da série histórica do Caged.
Os setores que mais se destacaram no mês foram a agropecuária (66.312 vagas), serviços (38.535), comércio (28.162), indústria de transformação (27.812) e construção civil (18.469).
Na indústria, os subsetores com melhor desempenho foram a indústria de produtos alimentícios e bebidas (8.149 postos), material de transportes (5.637) e a indústria têxtil e de vestuário (4.065). Houve elevação do nível de emprego em todos os setores de atividade econômica, com exceção da administração pública, que eliminou 160 vagas formais (-0,02%).
A informações do Caged mostram ainda que a expansão do emprego foi generalizada em todas as regiões do país. Em termos absolutos, as que mais se destacaram no mês em análise foram Sudeste (mais 121.274 postos) e Nordeste (26.728 postos).
Entre as unidades da federação, São Paulo registrou o maior número de vagas criadas no mês (65.483), seguido do Rio de Janeiro (63.828) e Minas Gerais (186.571). Espírito Santo e Rio Grande do Sul, por outro lado, registraram as maiores retrações no estoque de emprego (-3.276 e -1.132 vagas, respectivamente).
Com informações do Ministério do Trabalho