Sua infância foi como a de milhões de brasileiros e brasileiras: sofrida, triste em alguns momentos, mas também de sonhos. Ele resistiu, persistiu, lutou. Com a fé que caracteriza nossa gente, andou quilômetros até encontrar um porto seguro, do nordeste castigado pelas secas e falta de oportunidades até a locomotiva do desenvolvimento brasileiro nos anos setenta, com direito a uma pequena parada pelas terras de Pelé.
Com um diploma do Senac nas mãos e uma vontade enorme de vencer, ele buscou o seu espaço na indústria metalúrgica. Como torneiro mecânico, começou sua militância em defesa dos trabalhadores do ABC e de todo o Brasil. Rearticulou o movimento sindical. Fundou a Central Única dos Trabalhadores e o Partido dos Trabalhadores. Liderou o movimento pela redemocratização do Brasil – uma das passagens mais lindas da nossa história recente. Percorreu todos os cantos do país nos comícios pelas diretas. Fez da política uma certeza sem nunca esquecer suas origens.
Esta história é de um trabalhador brasileiro. Mas poderia ser a de muitos outros. Há um detalhe, importante detalhe, que fez dessa trajetória algo singular: ele hoje é o Presidente da República. Entretanto, seu percurso se confunde com o percurso de milhões de pessoas em todas as regiões deste imenso país.
Quando o presidente Barak Obama falou que o presidente Lula era o “cara” estava, em muitos sentidos, falando dos trabalhadores do Brasil, de gente que, assim como o presidente Lula, venceu com a força do seu trabalho.
Houve quem quisesse rebaixar a expressão do presidente norte-americano a uma frase despretensiosa, desconsiderando que ela, na verdade, significou seu respeito e admiração pela trajetória política e de vida do nosso presidente. Aquele não foi um elogio ao carisma de Lula, mas uma homenagem à competência e à sensibilidade do nosso presidente, que está ajudando a melhorar a vida de milhões de trabalhadores brasileiros.
Ser o “cara” é ser firme sem perder a simplicidade. É lutar contra as adversidades sem esquecer-se da ética. É trabalhar com vontade sem nunca baixar a cabeça. É buscar um futuro melhor para si e para seus filhos, seus netos. Ser o “cara” é conquistar seu espaço, no campo ou na cidade, no trabalho de casa, na indústria, no comércio, na prestação de serviços ou mesmo na Presidência da República. O “cara” é, em suma, a força do trabalhador e da trabalhadora brasileira.
Parabéns a todos e a todas que em seu cotidiano constroem com o seu trabalho o futuro do Paraná e do Brasil. Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras pelo 1º de Maio.
Gleisi Hoffmann é presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná