Em encontro, no mês de abril, o PT de Curitiba vai decidir os rumos da sua política de alianças para as eleições municipais de 2012: se lança candidatura própria ou se abraça outra candidatura majoritária em defesa de um plano de governo comum para governar Curitiba. Até lá, o partido tem realizado diversos debates com a militância para atualizar um plano de governo formatado desde 2008, durante a campanha de Gleisi Hoffmann à prefeitura. Em âmbito nacional, o Partido dos Trabalhadores, por meio da Fundação Perseu Abramo, reúne experiências que são frutos das administrações municipais petistas pelo País, das demandas populares e da realidade local. Combinar essas duas propostas é o objetivo de um debate com a militância do PT de Curitiba que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 23, das 9h30 às 12h, na sede do diretório estadual do Partido (Alameda Princesa Izabel, 160, no bairro São Francisco).
O convidado para essa discussão é o secretário-geral do PT Brasil, Elói Pietá, que por duas vezes foi prefeito de Guarulhos, SP. Pietá também é vice-presidente da Fundação Perseu Abramo e, além de Curitiba, fará debates com a militância petista de Maringá e Ponta Grossa. Para a vice-presidente do diretório municipal, Mírian Gonçalves, que coordenou a elaboração do plano de governo na candidatura de Gleisi e é indicada para conduzir os trabalhos em torno da proposta petista este ano, as experiências da Fundação Perseu Abramo são ricas em apontar metas e roteiros programáticos para os municípios. “Em 2008, fui pelo menos quatro vezes a São Paulo e nessas oportunidades é que pude conhecer iniciativas inovadoras das administrações petistas espalhadas por todo o país”, disse Mírian. “Há muitas ações que são práticas e fáceis de serem implementadas na solução de gargalos de desenvolvimento e para facilitar o acesso dos habitantes às políticas públicas ou simplesmente melhorar a vida das pessoas, mas que não aconteceram até hoje em Curitiba por não estarem na pauta de administrações cujo foco é diferente do nosso”, completou.
O plano do PT para governar Curitiba engloba pelo menos 17 áreas de atuação, mas a coordenadora adianta que Saúde, Segurança Pública e Mobilidade são algumas das que mais demandam soluções, boas ideias e compromisso com a inclusão social. “Há uma série de medidas que um prefeito pode assumir, sim, no âmbito da segurança pública, embora o policiamento em si seja responsabilidade do Governo do Estado”, argumenta Mírian. Ela destaca que essas ações municipais têm o poder de colaborar para diminuir o grau de violência numa cidade e a falta delas piora o quadro, deixando a população refém da insegurança e também da omissão institucional.
Para elaborar seu plano de governo, o PT de Curitiba colheu as demandas da população e dos movimentos sociais, por meio de sua inserção social, e levantou dados socioeconômicos do município, disponibilizados pelos organismos oficiais do poder público.