O Partido dos Trabalhadores de Curitiba abriu o debate das teses que irão definir as diretrizes do partido para as eleições de outubro. O Encontro Municipal sobre Tática Eleitoral e Política de Alianças teve início ontem com a discussão da conjuntura política nacional, estadual e municipal. A presidenta do PT de Curitiba, Roseli Isidoro, o deputado federal Dr. Rosinha, o deputado estadual Tadeu Veneri e os vereadores da capital fizeram uma análise dos quadros políticos, sociais e econômicos e destacaram os avanços dos governos Lula e Dilma.
Neste sábado, o PT de Curitiba reuniu os 300 delegados eleitos. Após os debates de tática eleitoral, regimento e apresentação das teses, eles irão definir se o PT fará aliança ou terá candidatura própria em outubro. Participam do debate a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o secretário geral do PT nacional, Elói Pietá, os deputados federais Dr. Rosinha e Angelo Vanhoni, os deputados estaduais Péricles de Mello e Tadeu Veneri, a presidenta do PT de Curitiba, Roseli Isidoro e o presidente da CUT, Roni Barbosa.
O ministro Paulo Bernardo defendeu a proposta de aliança e destacou a importância da consolidação de um projeto petista. De acordo como Bernardo, a decisão pela aliança ou candidatura própria depende do quadro eleitoral nos municípios. No Paraná, grandes cidades terão candidatura própria, como é o caso de Maringá, Londrina, Cascavel e Ponta Grossa, no entanto, afirmou que a aliança pode proporcionar a difusão do modo petista de governar, como é o caso de Curitiba.
Para a ministra chefe da casa civil, Gleisi Hoffmann, o encontro é um momento de reflexão e uma homenagem a militância que respondeu ao chamado da direção partidária para o debate da democracia interna. Segundo a ministra, defender a aliança não significa abrir mão das convicções petistas, “nós do PT temos um compromisso com Curitiba e estamos emprestando nossa militância, nossas propostas e nossa força para construirmos juntos uma Curitiba cada vez melhor”, disse a ministra. Angelo Vanhoni relembrou a tradição petista de apresentar candidatura própria e debater com a sociedade, no entanto, considera que a aliança com Gustavo Fruet (PDT) abre espaço para que Curitiba seja governada de acordo com programas desenvolvidos pelo PT, além do compromisso com a presidenta Dilma.
O deputado federal Dr. Rosinha defendeu a candidatura própria e afirmou que o PT tem condições de disputar e levar a eleição para o segundo turno, pois o partido conta com nomes fortes e maior tempo de televisão. “Defendo a candidatura própria para desenhar o nosso futuro de disputa, mostrar o projeto e o programa do PT. Se não disputarmos não passaremos a mensagem do partido no primeiro turno”, concluiu. Já o deputado estadual Tadeu Veneri acredita que o foco da candidatura própria é atingir 75% dos curitibanos que ainda não tem candidato e que o papel da militância nesta mobilização é fundamental. Segundo ele esta é uma decisão difícil para o PT de Curitiba, mas o importante é que o partido saia unido desse processo, caso contrário, todos serão derrotados.
A previsão é que o encontro encerre por volta das 16h deste sábado com a definição se os petistas de Curitiba farão aliança com PDT de Gustavo Fruet ou lançarão candidato próprio.
.
Redação: Clicéia Alves e Thaís Koga
Fotos: Edson Rimonatto