Em Curitiba podemos comemorar o resultado das eleições mesmo que ainda tenhamos que buscar a vitória no segundo turno.
O que entendo como avanço, além de tirar o tucanato do ninho, é a saída de raposas históricas e nem tão históricas assim. Claro, podemos dizer que novas raposinhas estão se criando…
O PT, meu partido, não cresceu em termos de legislativo mas deu um passo adiante rumo à Prefeitura tendo Mirian Gonçalves como vice de Gustavo Fruet.
Como já afirmei anteriormente ela faz diferença!
Mas, quero chamar atenção para outro resultado, que até passou batido em termos de análise eleitoral. Enquanto a população de Curitiba cresceu 10,05% entre 2002 e 2010 o eleitorado encolheu em exatos 10%. No Brasil o crescimento do eleitorado foi de 6% em média. Como se explica que aqui caiu?
Minha análise não possui a profundidade que eu gostaria que houvesse, mas dou meus pitacos políticos e penso que o recadastramento biométrico tem muito a ver com tudo isso. Não tanto pelo fato de que alguma percentagem dos eleitores não tenha se cadastrado a tempo, mas sim pelo fato que suspeito que eles não existiam. COMO ASSIM?
Quem acompanhou o processo eleitoral de 2000 deve lembrar da caravana de ônibus que desembaracaram em Curitiba no segundo turno entre Taniguchi e Vanhoni. Naquelas eleições fui fiscal nas urnas da UFPR e pasmem, os mesários não pediam documento de identificação…
A diferença entre os dois candidatos foi pequeníssima: 26 mil votos pró Taniguchi, que além dos eleitores turistas tinha um tal de caixa 2…
Em 2010 houve outro confronto que deixou margem para especulações (claro se olharmos por este ângulo), o atual governador venceu em primeiro turno com pequena margem de votos, após ter proibido a divulgação das pesquisas.
Curitiba não poderia ter uma variação tão grande em relação ao resto do país, muito menos pelo fato de ter crescido na mesma proporção que caiu.
O jogo eleitoral é cruel. Tenho um conhecido que diz que em eleições só há uma coisa vergonhosa: perder. Discordo dele é claro, para mim a democracia é fundamental.
Ao votar no domingo me senti feliz, ao entrar na sala o mesário pediu meu documento de identificação e conferiu. Novos nomes surgiram na política, o Brasil é um país respeitado, a população quer mais do que simples propagandas e o sistema eleitoral me pareceu mais sério do foi há doze anos atrás.
Podemos comemorar SIM!
Marisa Stedile
bancária filiada desde 1986