Divulgação da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos e do Índice de Custo de Vida
Valor da cesta básica recua em todas as capitais
Em julho, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em todas as 18 capitais onde o DIEESE realiza, mensalmente, a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores quedas foram registradas em Brasília (-7,16%), Curitiba (-7,11%), Porto Alegre (-5,88%) e Natal (-5,27%). O menor recuo foi observado em Manaus (-1,60%).
O maior valor da cesta foi observado em Florianópolis (R$ 346,99), que apresentou a segunda menor variação negativa (-1,91%) em relação a junho. A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 345,42), seguida por Vitória (R$ 330,71). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 239,72), Salvador (R$ 270,06) e João Pessoa (R$ 270,60). Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em julho, o salário necessário para a família deveria ser de R$ 2.915,07, ou seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. O valor do salário mínimo necessário é estimado mensalmente pelo DIEESE. Em julho de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família ficava em R$ 2.750,83, ou 4,06 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).
Energia elétrica eleva custo de vida em julho
O custo de vida no município de São Paulo aumentou 0,68% em julho em relação ao mês anterior, segundo cálculo do DIEESE. Enquanto os grupos Habitação (2,32%), Saúde (1,18%), Educação e Leitura (0,43%) e Transporte (0,25%) contribuíram com 0,74 ponto percentual (p.p.), a variação negativa do grupo Alimentação (-0,15%) teve impacto de -0,05 p.p. na taxa geral.
O reajuste de 17,92% na energia elétrica no município de São Paulo foi um dos principais responsáveis pela taxa de 2,98% do subgrupo operação do domicílio e de 1,01% no subgrupo locação, impostos e condomínio, uma vez que a energia elétrica também tem impacto no valor pago no condomínio (1,52%). Já a elevação da mão de obra da construção civil mostrou alta de 4,42%, resultando em elevação de 2,40% no subgrupo conservação do domicílio. Como consequência, a taxa do grupo Habitação aumentou em 2,32%. Além do índice geral, o DIEESE também calcula outros três indicadores de inflação. O estrato 1, que reúne as famílias com menor poder aquisitivo, registrou 0,81%. Os estratos 2, com renda intermediária, e 3, com renda com maior poder aquisitivo, registraram taxas de 0,67%.
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