Nesta quarta-feira (1º de abril), Dia da Mentira, os militantes e parlamentares petistas de Curitiba foram à Boca Maldita dialogar com a população de Curitiba sobre as denúncias que marcam a gestão do Prefeito Beto Richa. Os manifestantes entregaram panfletos para as pessoas que passavam. No material, lembrou à população de muitas perguntas ainda não explicadas. Irregularidades em contratos e licitações, falta de transparência nas planilhas da URBS, e outras tantas que foram páginas dos jornais da cidade. Os principais pontos levantados no material são: a Sogra fantasma, o desvio de verbas do fundo de saúde, o aumento da tarifa de ônibus sem justificativa e o caso da construtora Iguatemi.
Confira as denúncias levantadas no panfleto que o PT entregou para a população.
SOGRA FANTASMA A sogra do chefe de gabinete do prefeito era funcionária fantasma na Assembléia Legislativa. Verônica Durau, mãe da esposa de Ezequias Moreira, um dos colaboradores mais próximos de Beto Richa, recebeu salários por vários anos sem nunca bater cartão por lá. Depois do escândalo, Ezequias abandonou o cargo e foi contratado como assessor da Câmara Municipal de Curitiba. Simples assim. Parece mentira, mas não é.
FALTA DINHEIRO PARA SAÚDE MAS TEM PARA GESTORES A gestora da Prefeitura Marinete Afonso de Mello desviou, com a ajuda do marido, Marcelo Jorge de Mello, mais de R$ 2 milhões do Fundo Municipal de Saúde. Os saques vinham acontecendo durante quatro anos. Dizem que o prefeito não sabia, mas porque a prefeitura demorou tanto tempo para perceber os desfalques no orçamento? Enquanto a fortuna de alguns cresce, faltam medicamentos, profissionais e até papel higiênico em algumas unidades de saúde da cidade.
CAIXA PRETA Uma das primeiras medidas do segundo mandato de Beto Richa foi aumentar a tarifa de ônibus sem pedir a opinião de ninguém. Todo mundo achou isso estranho, inclusive o Ministério Público, que está investigando as planilhas que servem de base para definir o valor da passagem. O Tribunal de Contas também investiga a URBS por vários motivos: por inadimplência com encargos sociais (INSS e FGTS, no valor de R$ 4, 212 milhões); por insuficiência de informações na contabilidade com relação à conta patrimonial chamada de “Pendências a Regularizar” (num total de R$ 8, 761 milhões) e por movimentação de contas da Secretaria Municipal de Finanças, o que não é permitido. Depois dizem que não existe caixa preta!
AMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS EM COMUM– A Construtora Iguatemi, cujo sócio-proprietário é Alberto Klauss, presidente municipal do Partido Progressista (PP) e aliado político do prefeito, falsificou documentos para participar de uma concorrência. A construtora estava inabilitada para participar da licitação, mas foi subcontratada para executar serviços. Desde que as primeiras denúncias começaram a pipocar na imprensa, a Prefeitura presta informações inconsistentes que só são complementadas em decorrência de novas denúncias. Curitiba tem contratos de aproximadamente R$ 6,3 milhões com a Iguatemi, celebrados com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, URBS e Cohab.
E AGORA, CARLOS ALBERTO? “Vamos perseverar numa administração ética, séria, transparente, austera e solidária com as pessoas mais humildes, aquelas que mais precisam da ação da Prefeitura”. A declaração é do Prefeito Carlos Alberto Richa, no discurso de posse para o segundo mandato. De lá para cá, foram três meses de inúmeras denúncias e suspeitas que não caberiam nesta folha. Muita coisa ainda não foi explicada. Mas oportunidades não devem faltar! Que este 1º de Abril seja o dia da verdade em Curitiba. Que o prefeito queira transformar os discursos em realidade e melhorias na vida de todas as pessoas que ele representa. E que a Curitiba dos discursos e da propaganda seja para todos, não apenas para os amigos.
NA FOTO – VEREADOR PEDRO PAULO E VEREADORA PROFESSORA JOSETE – dialogando com a população sobre as denúncias não explicadas pelo Prefeito Beto Richa.
Crédito da foto: Ana Luiza Toledo ( Assessoria de imprensa PT-PR)