
Atendimento precário e muita demora. Esta foi a situação que os vereadores Algaci Túlio (PMDB), Jonny Stica (PT), Pedro Paulo (PT) e Professora Josete (PT) encontraram Unidade de Saúde 24 horas do Pinheirinho, na noite da última quinta-feira (29). Os parlamentares de oposição foram ao local para verem de perto como está sendo feito o atendimento da população com o agravamento da epidemia da Gripe A (H1N1).”Ficou evidente para nós que, mesmo com todo o esforço dos servidores e médicos da unidade, é tudo muito precário. Falta estrutura física e material para dar a devida atenção aos curitibanos”, ressaltou o vereador Jonny Stica (PT). “É uma situação preocupante que demanda verba emergencial para contratação de médicos e para melhorar as unidades municipais”, completou.
Um dos médicos de plantão confirmou aos parlamentares que a situação de atendimento está um “verdadeiro sufoco”. “E tudo isso poderá piorar nos próximos dias com a probabilidade dos casos da gripe aumentar de forma mais rápida na capital. Na segunda semana de agosto, estaremos com nossa capacidade de atendimento sufocada”, admitiu o médico que pediu para não ser identificado.
A Unidade do Pinheirinho, apesar de ser uma das menores em área física do sistema de saúde municipal, é uma das mais movimentadas. Ali, onze médicos estão atendendo a uma média de 800 pessoas por dia devido ao temor da gripe. Para atender à demanda, a prefeitura ergueu tendas para atender os casos suspeitos de gripe. “Encontramos uma condição onde cada profissional pode atender até 80 casos suspeitos da gripe A, obrigando muita gente – entre homens, mulheres, idosos e crianças – a esperar mais de 9 horas para serem atendidos, muitos passando mal com febre alta e outros sintomas da doença”, disse o vereador Algaci Túlio.
A chegada dos parlamentares ao posto contribuiu para agilizar o atendimento na unidade de saúde, mas a vereadora Josete disse que “a saúde pública não deveria funcionar assim”. Segundo servidores do local, mais de 40% dos pacientes atendidos vêm de cidades da região metropolitana e muitos outros de bairros que não têm unidades de saúde 24 horas. “Curitiba tem que melhorar muito seu sistema assistencial e assumir sua vocação de metrópole, liderando a instalação de um consórcio intermunicipal de saúde, o que fortaleceria a qualidade do atendimento à população e evitaria cenas lamentáveis como as que presenciamos essa noite”, defendeu a parlamentar.
Acabar com a fila de espera
O vereador Pedro Paulo defendeu a ampliação do pronto-atendimento aos usuários e um amplo processo de esclarecimento à população. “O aumento do recesso escolar foi um acerto, mas insuficiente se não vir acompanhado de ações informativas. A prevenção é sempre o melhor remédio e, nesse momento, é fundamental potencializar a capacidade de atendimento dos usuários das unidades de emergência para que a longa espera na fila não agrave a situação”, apontou o vereador.