Querer utilizar crise econômica como um mecanismo para chegar ao poder é uma versão moderna de golpe contra a democracia, afirmou a presidenta Dilma Rousseff em entrevista, nesta quarta-feira (16), à Rádio Rádio Comercial 1440 AM, de Presidente Prudente. E disse que, “infelizmente, há pessoas que não se conformam que o Brasil seja uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular”.
“O Brasil tem uma solidez institucional. De todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe. Essas pessoas torcem para o ‘quanto pior melhor’ em todas as áreas – na economia, na política. Todas elas esperando uma oportunidade para pescar em águas turvas”.
A presidenta defendeu que este é um momento que requer união, independentemente das posições e interesses pessoais ou partidários. “Tomarmos o partido do Brasil, o partido que leva à mudança da nossa situação”, disse. E afiançou que o governo tem trabalhado “diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do País”.
Respondendo sobre a nova avaliação da nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira pela agência Standard & Poor’s (S&P), a presidenta afirmou que o Brasil é muito maior que essa nota.“Estamos honrando nossos compromissos e contratos. Não temos problemas de crédito internacional, nem tampouco problema para atrair investimento para o Brasil. Aliás, somos um dos países em que mais há entrada de capital para isso”, demonstrou.
“Estamos trabalhando intensamente para que a nossa economia se torne cada vez mais sólida, para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos para permitir que o Brasil volte a crescer. Até porque o Brasil é uma economia grande e diversificada, nós somos a sétima economia do mundo”.
E referiu-se a momentos similares vividos por países, inclusive desenvolvidos. “Muitos países, nessa década, passaram por situações de crise e tiveram as suas notas de risco rebaixadas. Isso aconteceu com os Estados Unidos em 2011; como também com a França, com a Itália, com a Espanha, em 2012. E agora aconteceu conosco. Todos voltaram a crescer, e assim vai ser com o Brasil também”.
E para garantir a superação desse momento econômico, o governo está tomando, nas palavras da presidenta, “todas as medidas para nós, não por causa da nota, mas para nós mesmos”. E relacionou dois tipos de medida: “Uma é de controle da inflação e de equilíbrio fiscal do nosso orçamento federal; e as outras são de estímulos ao crescimento”. Destas, exemplificou com o Programa de Investimento em Logística (PIL), o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), e o Plano Safra.
Presidente Prudente e região
Durante a entrevista, Dilma também destacou as ações locais do governo federal em benefício de Presidente Prudente e municípios da região. Nesta quarta-feira, Dilma entrega 2.343 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida em Presidente Prudente e mais 256 unidades em Cotia.“Habitação principalmente para as pessoas que mais precisa”, disse. E lembrou que dos 53 municípios da região, 11,8 mil famílias já receberam a casa própria. E há outras 2,3 mil em construção.
No período de 2015-2018, Dilma afirmou que estão previstos em torno de R$ 700 milhões de investimentos em várias áreas para a região. Citou infraestrutura e investimentos em áreas sociais, entre outras.
Fonte: Blog do Planalto