Equipamentos culturais de Curitiba estão concentrados no centro da cidade.
A Cidade Industrial de Curitiba é o bairro mais populoso da cidade, um dos que mais sofre com a violência e sequer aparece no mapa da Fundação Cultural de Curitiba porque não conta com nenhum equipamento da prefeitura para manifestações culturais da comunidade. Para a candidata à Prefeitura de Curitiba Gleisi Hoffmann, pela coligação Curitiba Para Todos (PT-PSC-PRB-PHS-PMN-PTC), valorizar a cultura da periferia também é um grande passo para diminuir o índice de violência e melhorar a qualidade de vida de toda a população.
“Conhecemos os rappers de São Paulo, os sambistas e funqueiros do Rio de Janeiro, o Olodum de Salvador, o movimento do mangue em Recife, que são manifestações culturais dos jovens das periferias das grandes cidades brasileiras. E em Curitiba? Sem apoio da administração municipal, os jovens da periferia da cidade não têm espaços para suas manifestações e muito menos incentivo para se estabelecerem como artistas. Vamos mudar radicalmente esta realidade apoiando as identidades locais, promovendo eventos e encontrando espaços para que todos tenham sua arte reconhecida”, disse Gleisi.
Ao todo, na cidade, são 25 os espaços culturais listados pela Fundação Cultural de Curitiba, sendo que a prefeitura contabiliza como equipamentos culturais dos bairros, as bibliotecas existentes nas ruas da cidadania. Mas não existem espaços apropriados para as manifestações culturais das comunidades locais. De acordo com a proposta de Gleisi Hoffmann, é preciso criar alternativas nos bairros para que os jovens em especial tenham cursos de arte permanentes e não oficinas esporádicas, tenham espaços para manifestações espontâneas e cita como exemplo os grupos de hip-hop.
“Curitiba que já é reconhecida pelo seu Festival de Teatro, por exemplo, precisa promover também festivais regionais, festivais dos bairros. Seja de música sertaneja, teatro amador ou de hip-hop, abrindo espaços para artistas também da Região Metropolitana”, afirmou. Entre outros projetos, Gleisi propõe a criação de uma gravadora municipal, como forma de dar impulso aos artistas que estão tentando se consolidar.