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O jornalista Célio Martins, em seu blog “Certas Palavras“, narra a experiência que viveu no último fim-de-semana dentro de uma unidade de saúde 24 horas da Prefeitura de Curitiba, administrada pelo prefeito Beto Richa (PSDB).

No fim da noite do último sábado (1/12), Martins e sua esposa levaram a filha, que havia sido picada por um inseto, à Unidade de Saúde do bairro Fazendinha. Os pais cogitavam que a picada fosse de uma aranha marrom.

“Somos encaminhados para uma sala onde mais de 20 crianças, acompanhadas de seus pais, esperam consulta. Alguns estão ali há mais de cinco horas”, relata o jornalista, editor do caderno “Mundo” do jornal “Gazeta do Povo”. “Meia noite: a única pediatra do posto vai embora. Agora, restam dois médicos para atender todos os pacientes, adultos e crianças.”

Sua filha seria atendida apenas quatro horas depois, às 3h30 da madrugada de domingo (2/12). A médica descartou a possibilidade de ataque de aranha marrom.

Antes, Célio Martins testemunhou pais e mães “abatidos” pela longa espera desistirem da consulta e voltarem para casa, com seus filhos doentes e sem atendimento. “Há reclamações, revolta”, escreve.

A uma da manhã, um paciente adulto morreu na unidade. “Falta gente para atender, não damos conta do serviço”, reclamou uma funcionária.

Em seu texto, Célio Martins critica ainda a quantidade de propaganda da Prefeitura de Curitiba a louvar o sistema de saúde da cidade. “Está tudo bem. Um anúncio da prefeitura diz que o sistema de saúde da cidade está mil maravilhas.”

“Além do longo tempo de espera nas unidades 24 horas, há restrição de consultas nas unidades básicas e uma espera inadmissível por consultas especializadas, que podem demorar meses ou até um ano”, informa o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR).

Em Curitiba a gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) é de total responsabilidade da Prefeitura de Curitiba, que gerencia 100% dos recursos —inclusive os repasses federais, que representam cerca de dois terços dos gastos efetuados na área.

Para Dr. Rosinha, que é médico e servidor municipal da cidade, a situação da saúde na capital paranaense revela a incompetência dos prefeitos que dirigiram a cidade nas últimas duas décadas. “Desde Jaime Lerner, o mesmo grupo político administra Curitiba. Assim como seus antecessores, Beto Richa prioriza a propaganda e as obras que a classe média vê, sem priorizar de fato a área social.”

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Para ler a íntegra no endereço original, clique aqui.

Triste crônica do sistema de saúde de Curitiba

Sábado, 10 horas da manhã. A caminho da Biblioteca Pública do Paraná vejo um anúncio da Prefeitura de Curitiba: “Nunca se viu tanta melhoria na saúde”.

Domingo, pouco mais das 23 horas. Última olhada para ver se a filha está dormindo. Preocupação normal de pai. De repente, a surpresa: uma mancha vermelha na perna da menina com uma perfuração típica de uma picada de inseto. Um pernilongo? Um “borrachudo”? Uma aranha? O que fazer?

Minha mulher telefona para um hospital. “Casos de picada de aranha só podem ser tratados em posto de saúde”, explica para ela a recepcionista.

“Está tudo bem. Um anúncio da prefeitura diz que o sistema de saúde da cidade está mil maravilhas”, tento tranqüilizar a mãe.

Acordamos a pequena. Explicamos que teremos de ir ao posto de saúde. Meio sonolenta, ela sorri. Lá vamos nós.

Unidade de Saúde do bairro Fazendinha, pouco antes da meia-noite: tudo muito higiênico, tevê plasma na sala de recepção e móveis novos. “Olha, mudou mesmo”, comento. Minutos depois do infeliz comentário começa o sofrimento.

Somos encaminhados para uma sala onde mais de 20 crianças, acompanhadas de seus pais, esperam consulta. Alguns estão ali há mais de cinco horas.

Meia noite: a única pediatra do posto vai embora. Agora, restam dois médicos para atender todos os pacientes, adultos e crianças.

Uma da manhã: um paciente adulto morre. Uma funcionária reclama: “Falta gente para atender, não damos conta do serviço”.

Duas da manhã: pais e mães, abatidos da longa e agonizante espera, desistem e levam seus filhos doentes de volta para casa. Há reclamações, revolta.

Três da madrugada: uma mãe com uma criança em estado febril e vomitando anda de um lado para o outro, desesperada, impaciente.

Três e meia da madrugada: finalmente somos chamados. A médica, uma simpática e atenciosa senhora, examina nossa filha. “Não foi aranha”, diagnostica.

Quatro da madrugada: podemos ir embora. Ainda olho para trás para ver todas aquelas pessoas sofridas. Crianças dormindo nas cadeiras de plástico, pais esgotados e desesperados. “Sorte que não está fazendo frio”, penso.

Sorte?

No caminho para casa, entre uma parada e outra nos sinaleiros, o questionamento: “A essa hora, o prefeito Beto Richa deve estar dormindo confortavelmente no seu apartamento de luxo no bairro “chic” Ecoville. Daqui a pouco, certamente a empregada irá até à panificadora que fica em frente do prédio. Comprará pão que acabou de sair do forno para ele tomar seu nutritivo café da manhã. Depois, o motorista da Prefeitura, pago com dinheiro público, o levará até o gabinete, onde ele planejará mais uma propaganda para divulgar o triste sistema de saúde da cidade”.


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