Vereadores articulam reunião com prefeito para pedir reversão das demissões
Sete agentes de trânsito concursados de Curitiba foram demitidos arbitrariamente e sem direito a defesa nesta terça-feira (28) pelo presidente da Urbanização de Curitiba S/A (URBS), Marcos Isfer (PPS). Eles estavam organizando um abaixo-assinado que seria enviado ao prefeito Luciano Ducci (PSB). O documento denuncia supostas irregularidades cometidas pela diretora de Trânsito, Rosangela Batisttela. Segundo os agentes, em diversos momentos, ela teria beneficiado amigos e conhecidos com a liberação de veículos apreendidos ou com o abono de multas aplicadas. Além disso, dizem eles, a própria diretora estaria desobedecendo regras de trânsito, estacionando em vagas privativas. Sem poder ser multada. Seis dos sete funcionários demitidos têm mais de dez anos de serviços prestados à Diretran. A vereadora Professora Josete (PT) e o vereador Paulo Salamuni (PV) procuraram o líder do prefeito, vereador João do Suco (PSDB), pedindo uma audiência com Luciano Ducci. A reunião ainda não foi marcada. No entanto, João do Suco informou que iria entrar em contato com o prefeito e relatar o ocorrido. Truculência “O que o nosso colega fez, estacionar daquela forma, é um procedimento normal: quando recebemos chamado do 156, a orientação é estacionar o carro no lugar mais próximo possível e atender a ocorrência, sinalizando de maneira adequada”, explica Adilson Nunes, um dos sete demitidos. “Nosso colega não foi a um shopping, bar ou lanchonete; ele estava em serviço e a diretora o puniu tirando a gratificação de motorista de um pai de família”, conta. Os agentes pediram uma reunião com Rosangela Batisttela e foram atendidos cerca de uma semana depois. “Ela foi autoritária e disse que, como o assunto caiu na imprensa, ela teria que punir o agente com rigor”, diz. “Foi então que a questionamos, porque ela tem liberdade de estacionamento na Rodoferroviária e pode estacionar em vagas de idosos e de deficientes a qualquer momento sem ser multada, mas ela continuou sendo intolerante”, critica. “Não queremos lanchinho, e sim respeito” Os demitidos (Adilson Nunes; Marcelo Santana Pinto; Cesar Galeno; Gilberto Ventura; Ronan Storck; Edson Irapuã de Lara e Francisco Augusto Santos) já fizeram denúncia ao Ministério Público do Trabalho e pretendem ajuizar uma ação trabalhista nos próximos dias. Antecedentes “Essa nova demissão tem forte cunho político; é um absurdo; é prática antisindical e o que preocupa é que não é a primeira vez que acontece na URBS”, afirma a vereadora Professora Josete (PT). “Por isso, queremos conversar com o prefeito o quanto antes para que essa situação seja esclarecida e revista”, disse. Leia a carta que teria motivado as demissões: |
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Assessoria de imprensa Mandato Vereadora Professora Josete |
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