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* Por Cid Cordeiro – assessor econômico do Gabinete da Vice-prefeita

O IPARDES divulgou no dia 30/05 os dados do primeiro trimestre do Paraná e comenta sobre o desempenho recente da economia do Estado, o primeiro destaque é que o PIB do Paraná cresceu 2,8% no trimestre e 3,7% nos últimos doze meses e afirma “As duas taxas foram puxadas pela atividade da indústria e são maiores que a média do Brasil”.

OS EQUÍVOCOS DE DIAGNÓSTICO

Ao analisar o crescimento a leitura do Ipardes é de que o crescimento se deve a três fenômenos: a) “à maturação da carteira de investimento de R$ 30 bilhões em projetos de investimentos industriais privados atraídos pelo programa Paraná Competitivo; b) mercado de trabalho aquecido; c) obras de infraestrutura, principalmente de transporte, do governo estadual. Os números e fatos não comprovam essas afirmações.

1º) maturação de investimento de R$ 30 bi do PR Competitivo – a produção industrial das novas fábricas não entraram no resultado recentes da Pesquisa Industrial do IBGE, segundo nota metodológica do IBGE “O painel de produtos e de informantes acompanhado é uma amostra intencional obtida a partir das informações da Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Empresa) e da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto) do ano de 2010 e tem como referência a estrutura do Valor da Transformação Industrial.”.

O resultado da indústria paranaense ocorre, considerando peso e variação, puxada pelo desempenho da indústria automotiva e de Máquinas e Equipamentos cujo resultado se deve as medidas tomadas pelo Governo Dilma em 2012 de redução do IPI, redução do IOF para financiamento, aumento do crédito, redução dos juros e aumento de prazo de financiamento para aquisição de máquinas, equipamentos e veículos; outro segmento responsável por essa dinâmica é o da indústria da Alimentação com peso relevante na estrutura industrial do Paraná e que vem sendo sustentada pelo aumento da renda das famílias, que ocorre graças à política dos Governos Lula/Dilma de aumento do salário mínimo, implantação dos programas sociais de distribuição de renda (bolsa família entre eles) e das mobilizações sindicais que conquistam aumento real nas negociação.

Outra importante medida tomada pelos Governos do PT e que melhorou a competitividade e lucro das empresas foi a desoneração da folha de pagamento.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, insuspeita entidade de representação empresarial registra as medidas que vem garantido a mitigação do impacto da crise internacional no nosso parque industrial “No curto prazo foram adotadas todas as medidas possíveis para fortalecer o setor produtivo e diminuir a perda de competitividade frente aos produtos importados, tais como a Desoneração do INSS na folha de pagamento; Redução dos juros via bancos públicos; Esforços para não permitir a valorização do REAL frente ao DÓLAR; Crédito Imediato da PIS / COFINS; Desoneração do IPI e, a mais importante de todas, o programa PSI – FINAME, com taxa de juros de 2,5% ao ano e prazo de até 10 anos para pagar”.

Os investimentos que as empresas estão anunciando no Paraná e estão no PR Competitivo são resultados da redução dos juros para financiamento que o BNDES tem implementado e que os tucanos tem criticado e também pela expansão da renda das famílias que ampliaram o mercado consumidor do Brasil.

Não há medidas da gestão Beto Richa, exceto a guerra fiscal, que possa ser atribuída como impactante para o desempenho da economia paranaense, todos os fatores estão relacionados com as políticas macroeconômicas e microeconômicas que os Governos Lula/Dilma vem realizando, desde o crédito, juros, câmbio, renda, redução da carga tributária.

2º.) Mercado de Trabalho aquecido – De fato o mercado de trabalho está aquecido, o Governo Lula/Dilma reduziu o desemprego -que os tucanos deixaram como herança na taxa de 12%- para 5,5%, alguns analistas avaliam que vivemos hoje no Brasil e no Paraná uma situação de pleno emprego, novamente aqui temos os créditos para os Governos do PT, o desemprego caiu em função do aumento da renda das famílias (aumento do salário mínimo, bolsa família, novas oportunidades para os membros das famílias); credito (crédito consignado, redução dos juros, acesso ao crédito, estabilidade na renda e emprego); investimento (PAC, incentivos ao setor produtivo, taxa de juros mais baixas, ampliação do crédito dos bancos oficiais) e incentivos e redução da carga tributária para o segmento produtivo.

No Paraná temos um novo fenômeno observado no mandato do Governador Beto Richa, a redução da geração de emprego, no próprio Boletim do Ipardes “Análise Conjuntura” de março/abril de 2014 na Página 25, tabela 08 apresenta os números da geração de emprego formal no Estado, o Paraná que desde 2007 apresentava um novo ritmo de crescimento do emprego com saldo acima da casa de cem mil empregos (única exceção em 2009 reflexo da grande crise internacional de 2008), passa a apresentar desde 2012 saldo abaixo do patamar anterior de saldo acima de cem mil vagas, os empregos gerados (saldo) despencam para a casa dos 90 mil empregos considerando os dados ajustados e na casa dos 75 mil empregos com os dados sem ajuste

SALDO DO EMPREGO FORMAL NO PARANÁ
Ano Total
2007 122.361
2008 110.903
2009 69.084
2010 142.483
2011 123.916
2012 89.139
2013 90.349
Fonte: .MTE – Extraído do Boletim de Análise Conjuntural do IPARDES, março/2014

 

A grave situação fiscal e financeira que a atual gestão provocou atinge também a economia do Paraná tal qual na questão orçamentária e com a mesma dinâmica, o Governo fala uma coisa (redução de gastos) e faz outra (aumento do gasto que gerou a quase “falência” do Estado), na economia do Estado é a mesma coisa, fala uma coisa (atração de investimentos, crescimento econômico) e acontece outra (queda na geração do emprego, ausência de medidas para incentivar o setor produtivo, baixo investimento em infraestrutura), na agricultura se na fosse as medidas do Governo Federal e da ajuda de São Pedro teríamos uma situação tão ruim quanto a gestão do Estado.

.) Investimento em Infaestrutura pelo Governo Estadual– a afirmação de que essa seria outra causa do crescimento do Paraná é risível, o Governo Beto Richa vem realizando os mais baixos níveis de investimento da história do Paraná, com obras rodoviárias então é um desastre, os valores investidos representaram nos três anos de mandato apenas 0,19% do total das despesas do Estado, acreditar que isso é que está impulsionando o crescimento da economia do Paraná é viver na “ilha da fantasia”, é puro marketing, que não se sustenta em uma rápida olhada nos números do orçamento e na realidade das estradas paranaense, ou será que o Governo está se referindo aos investimentos que as concessionárias estão fazendo é que é pago com o dinheiro do pedágio que os paranaenses pagam? e que mesmo assim são pequenas e pontuais intervenções ao longo de toda a malha de rodovias do Paraná.

GASTO DO GOVERNO BETO RICHA COM OBRAS RODOVIÁRIAS
4490.5104 OBRAS RODOVIARIAS DE DOMINIO PUBLICO GASTO TOTAL DO ESTADO % investido
Período Valores em R$  Valores em R$
2013 157.172.427,73 32.047.015.544,58

0,49%

2012 197.169,37 28.490.682.000,00

0,00%

2011 1.232.306,00 24.597.278.000,00

0,01%

TOTAL 158.601.903,10 85.134.975.544,58

0,19%

Fonte: site de transparência

 

 

CONCLUSÃO

Não encontramos as digitais do Governo Beto Richa nos fatores que tem impulsionado o crescimento do Paraná, o que vemos é marketing eleitoral, demagogia que não resiste a uma simples análise dos números e do orçamento do Estado, o que vemos é muita propaganda e pouco resultado, ineficiência de gestão, falta de planejamento e de políticas de desenvolvimento regional.

Por outro lado, vemos as digitais dos Governos do PT (Lula/Dilma) no crescimento do Paraná, são medidas que a população vê, crê e sente, foi o aumento do salário mínimo, o acesso ao crédito, bolsa família, incentivos fiscais e redução de carga tributária, redução dos juros, gestão do câmbio, todas as medidas que tem permitido o Brasil amenizar o impacto da crise e se reestruturar para entrar em novo ciclo de crescimento econômico.

 ANEXO – DIVULGAÇÃO DO IPARDES

30/05/2014

PIB estadual cresce mais que a média nacional, puxado pela indústria
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 2,8% no primeiro trimestre deste ano no comparativo com o mesmo período de 2013. No acumulado de 12 meses o crescimento foi de 3,7%. As duas taxas foram puxadas pela atividade da indústria e são maiores que a média do Brasil.

Os números estaduais foram divulgados nesta sexta-feira (30/05) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e revelam que o desempenho da economia do Paraná foi bem superior ao do País. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calculou o PIB nacional em 1,9% para o trimestre e 2,5% para os últimos 12 meses.

As estimativas do Ipardes mostram que nos primeiros três meses de 2014, a indústria do Paraná cresceu 3,9% e o setor de serviços teve expansão de 3%, enquanto a agropecuária ficou com uma taxa de 1,9% em razão das perdas provocadas pelo forte calor e falta de chuvas no verão.

PARANÁ COMPETITIVO – “A estrutura econômica paranaense permaneceu, entre janeiro e março, preservando fortes marcas associadas à maturação da carteira de mais de R$ 30 bilhões em projetos de investimentos industriais privados atraídos pelo programa Paraná Competitivo”, explica o economista do Ipardes, Francisco José Gouveia de Castro.

“No caso do Paraná Competitivo, convém sublinhar que trata-se do maior e mais diversificado portfólio do País, quanto ponderado pela amplitude econômica do Paraná, em confronto com inferência análoga feita para outros Estados”, completa o economista.

No quadro nacional, as performances mais destacadas neste início de ano foram da agricultura (4,8%), indústria (2,1%) e serviços (2,2%). Em relação à demanda, o destaque no País fica para os gastos da administração pública, com aumento de 3,4%. O consumo das famílias cresceu 2,2%, as exportações 2,8% e as importações 1,4%. Os investimentos caíram 2,1%, ficando em 17,7% do PIB, contra 18,2% do primeiro trimestre de 2013.

No acumulado de doze meses, encerrados em março de 2014, o crescimento do PIB paranaense foi de 3,7% e de 2,5% para o Brasil. No Estado, a indústria cresceu 3,9%, os serviços 3,8% e o segmento rural teve alta de 2,4%. No Brasil, a agricultura teve melhor desempenho (2,8%), o setor de serviços cresceu 2% e a indústria 0,8%.

ANÁLISE – O economista Francisco José Gouveia de Castro avalia que, mesmo com a quebra de safra e a reprodução dos sintomas de crise identificados no País, o Paraná também mantém maior dinamismo econômico em razão do mercado de trabalho aquecido e das obras de infraestrutura, principalmente de transportes, do governo estadual.

Para Gouveia de Castro, a “modesta performance nacional decorreu do esgotamento da política macroeconômica adotada desde fins de 2008, com a introdução de ajustes em 2011, que prioriza a elevação do consumo (público e privado) doméstico, em detrimento da ampliação da oferta, particularmente dos investimentos em capacidade produtiva e infraestrutura”.

O economista diz ainda que as medidas adotadas pelo governo federal na política econômica provocaram “o reaparecimento de mazelas consideradas superadas, com a exponencial subida dos déficits externo e público e a aceleração dos reajustes de preços, mesmo com o represamento populista dos itens administrados (energia elétrica, combustíveis e transporte público)”.

Ele alerta que o Paraná não está isolado dos problemas pelos quais o País atravessa e que há sinais de desaceleração das atividades industriais e comerciais no Estado. “No entanto, ainda que em meio à multiplicação de adversidades no cenário brasileiro, ampliadas com a frustração da safra de verão regional, a economia do Estado apurou ganhos bastante expressivos”, afirmou.

Para o economista, o desempenho paranaense pode ser atribuído ao um “conjunto de mecanismos e instituições capazes de, ao mesmo tempo, produzir defesas em períodos cadentes da economia brasileira e assumir funções de autênticas molas propulsoras em estágios de reativação da rota do crescimento”.

ECONOMIA – Ele diz ainda que mesmo com as dificuldades a produção industrial do Estado, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE, cresceu 3,3% no intervalo janeiro-março do ano. O índice nacional ficou em 0,4%. Nos serviços, a receita nominal subiu 9,2% no Paraná, diante de acréscimo de 8,7% no País.

O valor em dólares das exportações paranaenses saltou 7,7% em 2014, contra decréscimo de 2,5% para o total brasileiro. Os incrementos mais relevantes nas vendas externas do Estado foram verificadas para soja em grão (83,1%), automóveis (75,5%), couros (37%) e farelo de soja (22,5%).

No mercado de trabalho, o Paraná foi o quarto maior gerador de empregos com carteira assinada no território brasileiro entre janeiro e março de 2014, respondendo por 13,24% das vagas líquidas abertas no Brasil, segundo pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego. “É notória a interiorização dos fluxos de mão de obra no Estado, retratada na participação de 70% do interior no número de postos formais criados no primeiro trimestre de 2014”, informa Gouveia de Castro.

A produção agrícola estadual caiu declinou 10,5% em consequência da estiagem do início do ano. As principais culturas prejudicadas foram milho (-16,1%) e soja (-5,6%). “As perdas físicas foram parcialmente compensadas pelo efeito renda, com a reação das cotações das duas commodities no mercado externo”, disse Gouveia de Castro. No comércio, o faturamento real do varejo paranaense cresceu 1%, nos três primeiros meses do ano, contra 2,1% para o País.

ESCLARECIMENTO – As modificações aplicadas à Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), pelo IBGE, especificamente a revisão e atualização do painel de ramos, produtos e informantes, a partir de 2012, com base na Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2010, propiciaram a readequação dos resultados observados no PIB desde 2002.

Com isso, a variação do PIB do Paraná passa a ser de 4,6% em 2013, ante os 5% divulgados com base na metodologia anterior. No Brasil, a taxa de crescimento muda de 2,3%, pelos critérios antigos, para 2,5%, no novo padrão metodológico.


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