Artistas e intelectuais brasileiros se reuniram em um grande ato para declarar apoio à reeleição de Dilma Rousseff. A classe artística lotou o teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (15). Em um evento para mais de mil pessoas e com três horas de duração, escritores, cantores, atores e representantes de todas as expressões artísticas defenderam a reeleição de Dilma.
A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram do evento e conversaram com a plateia sobre os temas mais importantes abordados nestas eleições, como Reforma Política, redução das desigualdades, fortalecimento da economia, indústria naval e petróleo, universalização da banda larga, mobilidade urbana e, claro, incentivo à Cultura.
Em seu discurso, Dilma se comprometeu em utilizar a Cultura para promover Educação e fortalecer a economia brasileira. “A cultura faz parte da nossa projeção de nação. Vamos colocar a Cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico”, destacou Dilma Rousseff, dizendo que é preciso valorizar a Cultura que brota das periferias.
Segundo a presidenta, o setor cultural também pode ser beneficiado pelo Pré-Sal, por meio de projetos que unam Cultura e Educação. Além disso, duas outras iniciativas do governo Dilma incentivam o setor cultural: o programa Brasil de Todas As Telas, lançado este ano a fim de estimular a produção de conteúdos nacionais de audiovisual e que contribui para a geração de empregos no segmento; e o subsídio a projetos culturais pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Não tem como fazer sala de cinema com o prefeito pagando juros de mercado. E ainda tem gente querendo acabar com o subsídio federal”, comentou Dilma.
Durante sua fala, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que o povo brasileiro quer votar em um igual. “Queremos votar em alguém que seja capaz de pensar e fazer igual a nós, de perceber que ninguém acerta apenas pelas suas virtudes, que é preciso ouvir a sociedade”, declarou Lula.
Para Lula, a competência e a lealdade de Dilma foram definitivas para indicá-la como sua sucessora. “Uma pessoa que é líder de verdade, ela não muda de ideia, não muda de lado, ela evolui, ela avança”.
Lula também declarou que ainda há muito para fazer em prol da Cultura. “Havia um costume de que o dinheiro da Cultura tinha que ser distribuindo só no Centro-sul do Brasil, mas é preciso investir na cultura como um todo e permitir acesso à cultura para todas as pessoas”, apontou Lula.
Projeto do povo brasileiro
Durante o evento, artistas e intelectuais explicaram o porquê querem a reeleição de Dilma Rousseff. Entre eles, os pensadores Leonardo Boff e Marilena Chauí e o cantor Chico César. A sambista Beth Carvalho chegou a cantar em paródia o refrão de um sucesso musical: “deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu”.
Para a filósofa Marilena Chauí, a Eleição 2014 convoca aos intelectuais, artistas e cientistas a se posicionarem em defesa de um projeto que transformou o Brasil. “Corremos o risco de uma aventura regressiva. Que essa aventura não venha como um tsunami destruir o que construímos nos últimos anos”, destacou Chauí.
O teólogo Leonardo Boff destacou a revolução que os governos Lula e Dilma promoveram no Brasil nos últimos 12 anos. “Lula e Dilma fizeram uma revolução pacifica e democrática que nunca houve no nosso país. Atenderam as aspirações nunca atendida de um povo. Estas conquistas de 12 anos devem ser assumidas por todos nós, que devemos lutar para conserva-las e enriquece-las”, ressalta o pensador.
Leonardo Boff disse ainda que as artes incentivam a inovação e empreendedorismo nos brasileiros. “Investir na cultura é investir na capacidade da criação e inovação; é investir na brasilidade, na grandeza do povo brasileiro; é investir nos bens que dão sentido profundo à vida”.
O canto Chico César declarou que os governos Lula e Dilma utilizaram a cultura como meio de promoção social. “Nós vivemos nos últimos anos a inclusão social através da Cultura”.